As mulheres de Maria O'Neill, apesar de suas fragilidades, buscam uma ressignificação de suas histórias e trajetórias.
Introdução
A mulher, nas produções literárias dos séculos passados, é comumente representada como dócil, ingênua, incapaz ou histérica, a depender do autor ou do enredo proposto. Até as personalidades consideradas fortes e inesquecíveis são retratadas sob a perspectiva masculina. Em Almas Femininas, no entanto, Maria O’Neill — poeta, espírita, socialista e feminista portuguesa — ignora os papeis sociais imputados às mulheres, traça perfis impactantes e apresenta figuras femininas que buscam uma ressignificação de suas histórias e trajetórias. Há uma tentativa de equilíbrio entre as expectativas sociais e seus próprios desejos e necessidades internas. Cada mulher que aparece na obra representa uma forma diferente de vivência feminina, entre a liberdade e a imposição, o prazer e o sofrimento, a dúvida e a certeza, além do amor e o rancor. A autora nos apresenta figuras femininas que, apesar de suas fragilidades, buscam uma ressignificação de suas histórias e trajetórias.
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Sinopse
Maria O’Neill, uma das maiores escritoras portuguesas, dona de uma sensibilidade única, que abrange todas as ansiedades e inquietações do pensamento, transita entre o pessoal e o coletivo, entre o social e o íntimo, e cria uma obra literária provocadora e repleta de questionamentos profundos sobre o que significa ser mulher, viver como mulher e lutar pela liberdade e autenticidade de ser mulher. A complexidade das emoções e das escolhas dessas mulheres tornam-se as grandes forças do livro.
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a autora
Maria O’Neill (1873-1932) era escritora, jornalista, poeta, ativista feminista, teosofista e espírita. Durante a sua carreira literária, colaborou com diversos periódicos e revistas da época e publicou vários trabalhos, abrangendo um leque de gêneros literários, entre romances, contos, tanto para adultos como para crianças, biografias e ainda artigos jornalísticos. A sua obra literária, bastante vasta, incluía uma coleção de contos infantis, considerados dos melhores em língua portuguesa e que foram traduzidos para vários idiomas. Tornou-se membro da Academia de Ciências de Lisboa, era vegetariana, iniciou-se na Teosofia, tendo-se interessado posteriormente pelo espiritismo, ao qual dedicou até ao fim dos seus dias uma grande parte da sua existência.
Mulher corajosa, aberta a todas as ansiedades e inquietações do pensamento, transformou a sua vida em um apostolado de ideias generosas e belas. Não foi menos fecunda a sua atividade filantrópica, embora mais obscura, porque era discreta e fazia o bem sem alarde, repartindo pelos necessitados as suas economias e o rendimento dos seus trabalhos literários, com uma simplicidade maternal.
Senhora de vasta cultura, membro da Academia de Letras, foi sempre considerada um espírito brilhante e de superior caráter.
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Dados técnicos:
Loja/livraria virtual da Delirium editora. A Delirium — voltada para a busca de histórias e textos criativos, indo do lirismo à loucura, passando pelo lúdico, sempre com ousadia — é uma microeditora carioca, que vem crescendo. Temos no nosso catálogo e no planejamento o intuito de publicar livros ousados e criativos, com temas importantes, sempre com um jeito imaginativo de criar histórias.