Introdução
Este é um romance histórico, escrito por uma autora portuguesa, publicado originalmente pela mais antiga editora lusitana, em uma coleção consagrada; porém esquecido. E não apenas esse livro caiu no esquecimento, ao tentarmos realizar uma busca avançada pela Internet, notamos que até os dados sobre a escritora em si são escassos — um pecado em parte remediado por essa publicação.
O exilado (1900) é classificado, pela própria autora e sua casa editorial, como um romance histórico, visto que a narrativa gira em torno de personalidades reais de Portugal. D. Sancho II, rei de Portugal, é o protagonista. A história se inicia na infância do futuro rei, um menino doente, com a família esperando a sua morte. No entanto quis o destino salvar esse menino, para que ele sofresse nas mãos do clero, do irmão, dos inimigos da corte etc.
A autora se declara desde o começo fã do rei e conta a história com esse ponto de vista, o ponto de vista do heroi português, que combateu e derrotou os mouros, porém foi derrotado por inimigos próximos. Entre os inimigos próximos, e com forte crítica por parte da autora, encontraremos o clero.
Entre batalhas contra os mouros, intrigas palacianas, conflitos entre irmãos, amores e um rapto, D. Sancho II vê a si obrigado ao exílio, e no exílio, sofre de saudade, mesmo acompanhado por amigos fieis.
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Sinopse:
O exilado, romance histórico escrito por Mauricia C. de Figueiredo, autora portuguesa, e publicado originalmente pela mais antiga editora lusitana — a Parceria A. M. Pereira, fundada em 1848 por António Maria Pereira, na época sob o nome Livraria António Maria Pereira —, em uma coleção consagrada, reapresenta ao leitores D. Sancho II, o Capelo, o quarto rei de Portugal. Nascido em Coimbra, ele talvez tenha sido um dos reis mais infelizes e injustiçados e, certamente, um monarca mergulhado em desventuras e em uma história de amor, que o levou à morte. D. Sancho II teve um reinado atribulado e turbulento, que terminou quando perdeu o confronto militar contra o irmão mais novo, futuro D. Afonso III. Este último retirou-lhe a coroa com o apoio de parte da nobreza e do clero. Portanto, não foi nas guerras contra os mouros que D. Sancho II se viu derrotado, a pressão da Santa Sé levou Sancho II a abdicar em 1247 e a exilar-se na Espanha, em Toledo, onde morreu em 1248.
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A autora
Maurícia Máxima da Conceição Cardoso de Figueiredo (1886-1923) ou Maurícia C. de Figueiredo, tal como assinou suas publicações em livros e periódicos, foi uma escritora portuguesa do século XIX, com uma vasta atuação no campo das Letras. Seus trabalhos são compostos de romances de ficção histórica, artigos e ensaios que abordaram tanto questões sobre fatos e acontecimentos da história de Portugal, quanto temáticas acerca da mulher e dos direitos humanos no contexto oitocentista.
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Sobre a Parceria A. M. Pereira
A Parceria A. M. Pereira é uma editora portuguesa, fundada em 1848 por António Maria Pereira, na época sob o nome Livraria António Maria Pereira. É, assim, a mais antiga casa editora portuguesa. Editou os maiores escritores portugueses do século XIX, como Camilo Castelo Branco, Júlio César Machado, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Eça de Queirós, entre outros. Foi a única editora a editar uma obra de Fernando Pessoa em vida, o seu livro Mensagem, em 1934.
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Dados técnicos:
Loja/livraria virtual da Delirium editora. A Delirium — voltada para a busca de histórias e textos criativos, indo do lirismo à loucura, passando pelo lúdico, sempre com ousadia — é uma microeditora carioca, que vem crescendo. Temos no nosso catálogo e no planejamento o intuito de publicar livros ousados e criativos, com temas importantes, sempre com um jeito imaginativo de criar histórias.